Hipertermia
A hipertermia encontra-se geralmente relacionada à
incapacidade do organismo de promover calor com o ambiente externo imediato; a
incapacidade de reduzir e manter a produção interna de energia térmica a um
patamar aceitável - o que ocorre, a exemplo, em casos agudos de febre; ou a
qualquer outro fator que impeça a igualdade entre as taxas de produção interna
de energia térmica e de calor entre o organismo e o ambiente externo imediato
de forma a implicar saldo positivo à favor da primeira. Implica diretamente em
uma quebra da homeostasia do organismo, geralmente o corpo humano.
A hipertermia pode ser causada tanto por elementos externos,
como exposição ao Sol; exposição por longo tempo em banheira muito quente;
proximidade a fornos ou locais de grande temperatura; e também pode ser causada
por descontrole ou reações inatas ou induzidas no próprio organismo, a exemplo
em virtude de alguma doença.
A temperatura humana normal está próxima aos 36,5 °C. Aparte
situações crônicas, casos febris ou de outra ordem que impliquem temperaturas
não superiores a 40 °C não são, em geral, casos de risco de morte. Em casos
onde a temperatura corporal eleve-se a patamares superiores a 40 °C podem-se
detectar convulsões; e se a temperatura exceder 43 °C, o quadro geralmente
levar o indivíduo ao hospital, e, em casos extremos, à morte.
Temperaturas elevadas implicam o comprometimento da ação das
enzimas, proteínas que funcionam como catalizadores das reações metabólicas, em
virtude de suas desnaturações. Por sorte, tais casos são, salvo causas
específicas como processos infecciosos agudos, processos alergo-inflamatórios
graves, e intoxicações específicas, raros de ocorrer no ser humano.
É importante diferenciar a hipertermia da simples febre no
manejo terapêutico de afecções comuns. Não obstante, a febre é um tipo de
hipertermia.
A febre materna no momento do
parto está associada a maior ocorrência de depressão neonatal, convulsão e pior
prognóstico neonatal, incluindo o aumento do risco de encefalopatia, e
paralisia cerebral de causa não detectada.