Toxoplasmose
Foi demonstrado que a infecção materna com o protozoário
parasita toxoplasma gondii que é
adquirida em carne mal cozida, através de animais domésticos ou solo
contaminado com fezes, produz malformações congênitas.
A criança afetada pode
ter calcificação cerebral, hidrocefalia ou retardo mental. Também foram
relatados coriorrenitite, microftalmia e outros defeitos oculares. É impossível
dar um número preciso sobre a incidência de malformações causadas pela
toxoplasmose, pois como ocorre em citomegalovírus, a doença em geral não é
identificada em mulheres gravidas.
Os problemas variam de acordo com o
trimestre da gravidez em que ocorre a infecção materna.
No primeiro trimestre, se a mãe está com a doença
ativa e há a transmissão para o concepto, o estrago é muito grande. A criança
pode ter encefalite e nascer com as sequelas da doença, ou apresentar lesões
oculares cicatriciais e prejuízo importante da visão, entre outras
consequências. É bem verdade que, nessa fase, não é incomum o abortamento
espontâneo tal o tamanho dos danos que o parasita provoca no concepto. De
qualquer maneira, nesse período, a probabilidade de transmissão para o embrião
é menor, não ultrapassa a 10%, 20% dos casos.
No segundo trimestre, a transmissão ocorre em 1/3
das gestações em que a mãe apresenta a doença ativa, mas o feto consegue
conviver razoavelmente com as agressões do parasita que serão mais atenuadas,
embora possam ocorrer pequenos retardos mentais e problemas oculares, por
exemplo.
No terceiro trimestre, a transmissão da mãe para o
feto é muito comum, mas a doença se mostra mais benigna e muito menos problemática
para o recém-nascido.
Resumindo: do começo para o final da gravidez,
cresce o risco de transmissão do parasita da mãe para o feto, mas diminui a
gravidade da doença para o recém-nascido.
Os riscos da toxoplasmose na gravidez são maiores quando a mulher nunca teve contato com o parasita, pois se ela for infectada ao longo da gestação, poderá transmitir a doença para o bebê, trazendo problemas muito graves.
Durante os três primeiros meses de gestação, o risco de o bebê ser infectado é baixo, mas o risco de lesões é elevado, incluindo:
- Aborto espontâneo;
- Hidrocefalia;
- Atraso mental;
- Calcificações cerebrais;
- Lesões nos olhos;
- Cegueira;
- Surdez;
- Convulsões e
- Atraso do desenvolvimento.
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