quarta-feira, 28 de maio de 2014

Agentes Biológicos

Toxoplasmose 

 Foi demonstrado que a infecção materna com o protozoário parasita toxoplasma gondii que é adquirida em carne mal cozida, através de animais domésticos ou solo contaminado com fezes, produz malformações congênitas.
 A criança afetada pode ter calcificação cerebral, hidrocefalia ou retardo mental. Também foram relatados coriorrenitite, microftalmia e outros defeitos oculares. É impossível dar um número preciso sobre a incidência de malformações causadas pela toxoplasmose, pois como ocorre em citomegalovírus, a doença em geral não é identificada em mulheres gravidas.
 Os problemas variam de acordo com o trimestre da gravidez em que ocorre a infecção materna.

 No primeiro trimestre, se a mãe está com a doença ativa e há a transmissão para o concepto, o estrago é muito grande. A criança pode ter encefalite e nascer com as sequelas da doença, ou apresentar lesões oculares cicatriciais e prejuízo importante da visão, entre outras consequências. É bem verdade que, nessa fase, não é incomum o abortamento espontâneo tal o tamanho dos danos que o parasita provoca no concepto. De qualquer maneira, nesse período, a probabilidade de transmissão para o embrião é menor, não ultrapassa a 10%, 20% dos casos.
 No segundo trimestre, a transmissão ocorre em 1/3 das gestações em que a mãe apresenta a doença ativa, mas o feto consegue conviver razoavelmente com as agressões do parasita que serão mais atenuadas, embora possam ocorrer pequenos retardos mentais e problemas oculares, por exemplo.
 No terceiro trimestre, a transmissão da mãe para o feto é muito comum, mas a doença se mostra mais benigna e muito menos problemática para o recém-nascido.
 Resumindo: do começo para o final da gravidez, cresce o risco de transmissão do parasita da mãe para o feto, mas diminui a gravidade da doença para o recém-nascido.
 Os riscos da toxoplasmose na gravidez são maiores quando a mulher nunca teve contato com o parasita, pois se ela for infectada ao longo da gestação, poderá transmitir a doença para o bebê, trazendo problemas muito graves. 
 Durante os três primeiros meses de gestação, o risco de o bebê ser infectado é baixo, mas o risco de lesões é elevado, incluindo:
  • Aborto espontâneo;
  • Hidrocefalia;
  • Atraso mental;
  • Calcificações cerebrais;
  • Lesões nos olhos;
  • Cegueira;
  • Surdez;
  • Convulsões e
  • Atraso do desenvolvimento.

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