quinta-feira, 22 de maio de 2014

Agentes Químicos

Anticoagulantes

            Todos os anticoagulantes, com exceção da heparina, atravessam a membrana placentária e podem causar hemorragia ao embrião ou ao feto. A warfarina  e outros derivados da cumarina são antagonistas da vitamina K. A warfarina é usada no tratamento de doenças tromboembolísticas e em pacientes com válvulas cardíacas artificiais. A warfarina é indubitavelmente um teratógeno. Há relatos de crianças com hipoplasia de cartilagem nasal, epífises pontilhadas e vários defeitos do sistema nervoso central, cujas mães tomaram este anticoagulante durante o período crítico do desenvolvimento do embrião. A heparina não tem efeito teratógeno.
             O uso da warfarina sódica apresenta riscos peculiares ao feto, com graus variáveis a cada trimestre. Ela atravessa a barreira placentária e é teratogênica, particularmente entre a 6ª e a 9ª semana de gestação, acarretando  1 a 3% de malformações congênitas caracterizadas pela síndrome warfarínico-fetal, e favorece o abortamento espontâneo em cerca de 10 a 33%. Embora o percentual de incidência seja controverso, a warfarina pode acarretar anormalidades no sistema nervoso central quando usada no 2º trimestre da gestação e hemorragia meníngea, por compressão do polo cefálico fetal, no período expulsivo do parto. A heparina não fracionada (HNF) e a heparina de baixo peso molecular (HBPM) não atravessa a barreira placentária e por isto são, conceitualmente, os anticoagulantes preferenciais durante a gravidez. Contudo, seu uso prolongado associa-se a efeitos colaterais maternos, incluindo trombocitopenia, hemorragia e osteoporose.

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