Anticoagulantes
Todos os anticoagulantes, com
exceção da heparina, atravessam a membrana placentária e podem causar
hemorragia ao embrião ou ao feto. A warfarina
e outros derivados da cumarina são antagonistas da vitamina K. A
warfarina é usada no tratamento de doenças tromboembolísticas e em pacientes
com válvulas cardíacas artificiais. A warfarina é indubitavelmente um
teratógeno. Há relatos de crianças com hipoplasia de cartilagem nasal, epífises
pontilhadas e vários defeitos do sistema nervoso central, cujas mães tomaram
este anticoagulante durante o período crítico do desenvolvimento do embrião. A
heparina não tem efeito teratógeno.
O uso da warfarina sódica apresenta riscos
peculiares ao feto, com graus variáveis a cada trimestre. Ela atravessa a
barreira placentária e é teratogênica, particularmente entre a 6ª e a 9ª semana
de gestação, acarretando 1 a 3% de
malformações congênitas caracterizadas pela síndrome warfarínico-fetal, e
favorece o abortamento espontâneo em cerca de 10 a 33%. Embora o percentual de
incidência seja controverso, a warfarina pode acarretar anormalidades no
sistema nervoso central quando usada no 2º trimestre da gestação e hemorragia
meníngea, por compressão do polo cefálico fetal, no período expulsivo do parto. A heparina não fracionada (HNF) e a
heparina de baixo peso molecular (HBPM) não atravessa a barreira placentária e
por isto são, conceitualmente, os anticoagulantes preferenciais durante a
gravidez. Contudo, seu uso prolongado associa-se a efeitos colaterais maternos,
incluindo trombocitopenia, hemorragia e osteoporose.
Nenhum comentário:
Postar um comentário